Gosto, mas não sou fã. No Rio de Janeiro gostava do Flamengo, mas também era a época das grandes vitórias, e qual é a criança qua não se impressiona?! No Recife fiquei com o Sport, a principio pelas cores, depois acompanhando o entusiasmo dos primos e, por último, do marido; não precisamos nem ensinar ou incentivar a nossa filha, ela é Sport de coração. Meu pai torcia pro Vasco no Rio, e aqui pelo Santa Cruz. O velho Afonsinho entendia de futebol; era o craque de sua cidade e chegou a treinar, se não me engano, no Ypiranga de Salvador; mas, o parente que o abrigava na capital baiana o desestimulou e ele foi buscar a subsistência tornando-se militar, mas isso foi há mais de sessenta anos.
Fico impressionada como as coisas funcionam no mundo do futebol; não entendo muito, não vou negar; sou uma observadora distante. Mas, me incomoda ver o quanto os times do Norte e Nordeste são discriminados pela mídia e pelas autoridades do futebol. Há sempre um movimento para deixá-los em situação inferior e no sentido de manter no firmamento os chamados "grandes clubes", muitas dessas estrelas estão obscurecidas pelas dívidas.
O caso recente do Sport e Palmeiras é mais uma razão para que os clubes do Norte e Nordeste reajam a essa discriminação. Não há como negar que o juiz encerrou o jogo antes do gol; gostaria de saber se fosse o contrário se o gol seria válido. Por mim, dava-se as costas para esse campeonato brasileiro, que de brasileiro não tem nada, e se formulava uma Copa Norte e Nordeste: fazer renascer o futebol arte, limpo e que promova bons exemplos de saúde e do viver esportivamente: saber ganhar, saber perder, continuar a competir, e, acima de tudo, agir com respeito e justiça.
Este blog é para expressar, com responsabilidade e discernimento, o que se pensa e sente sobre fatos e assuntos do momento.
sábado, 14 de novembro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Ser Professor
É gostar de estudar. Estuda o conteúdo que vai ensinar, estuda os alunos para perceber a melhor estratégia, estuda a melhor maneira de aproveitar o ambiente a sua volta para favorecer o ensino. Um bom professor tem sempre uma grande inquietação: "como fazer para que meus alunos, ou aquele aluno em especial, aprenda, ou melhor, desenvolva de forma satisfatória seu potencial?" Porque, o bom professor, acredita sempre que, apesar de tantos problemas que, por vezes, a criança carrega, há algo valioso a ser desvelado. O Professor é aquele que tem e alimenta esperanças; que fomenta sonhos para que um dia, quem sabe, eles se realizem.
A UNESCO está preocupada com os professores do Brasil. A grande maioria enfrenta tantos dissabores para exercer sua função, que não tem condições de fomentar sonhos, nem de desenvolver potenciais criativos para o futuro do país. Os professores precisam de bons salários (para sobreviver e viver); de cursos de atualização frequentes; de condições ambientais propícias para realizar bem o seu trabalho; de menos burocracia e mais interesse dos gestores pela aprendizagem dos alunos; de menos alunos por turma para poder conhecer melhor suas dificuldades e assim oferecer um atendimento mais personalizado, e, nesse sentido, também poder contar com uma equipe de apoio junto aos alunos na escola; esses são alguns pontos básicos para que os professores se sintam mais valorizados e menos pressionados a abandonar a função.
Hoje, 15 de outubro, é dia do professor. Em 1827, nesse mesmo dia, consagrado à educadora Santa Teresa D´Avila, D. Pedro I baixava decreto criando o Ensino Elementar no Brasil; determinava que em todas as ciddes, vilas e lugarejos tivessem escolas de primeiras letras. Anos mais tarde, seu filho, D. Pedro II, quando em visita às províncias, costumava sabatinar os estudantes que vinham recepcioná-lo para avaliar se professores estavam ensinando de forma satisfatória.
Tantos anos de dedicação e, nesse tempo distante, o professor possuia um status de respeito perante a sociedade. No início atividade masculina, depois pouco a pouco a mulher foi assumindo a função de forma pública. Somente em 1947 aconteceu a primeira comemoração, e, nesse ano, a deputada comunista Adalgisa Cavalcanti defendeu na Assembléia de Pernambuco direitos especificos para as professoras do Estado.
Hoje, a educação é louvada, muitas vezes os professores são acusados pela situação precária da Educação no país - comentários que contribuem ainda mais para as desistências - e o jovem professor de hoje, geralmente, é o resultado de todo um processo de desqualificação da profissão, da perda de status que foi se configurando especialmente para aqueles que ensinam o Fundamental. Ensinar a ler e a escrever parece fácil, mas tem sido um desafio importante para quem é Professor(a).
A UNESCO está preocupada com os professores do Brasil. A grande maioria enfrenta tantos dissabores para exercer sua função, que não tem condições de fomentar sonhos, nem de desenvolver potenciais criativos para o futuro do país. Os professores precisam de bons salários (para sobreviver e viver); de cursos de atualização frequentes; de condições ambientais propícias para realizar bem o seu trabalho; de menos burocracia e mais interesse dos gestores pela aprendizagem dos alunos; de menos alunos por turma para poder conhecer melhor suas dificuldades e assim oferecer um atendimento mais personalizado, e, nesse sentido, também poder contar com uma equipe de apoio junto aos alunos na escola; esses são alguns pontos básicos para que os professores se sintam mais valorizados e menos pressionados a abandonar a função.
Hoje, 15 de outubro, é dia do professor. Em 1827, nesse mesmo dia, consagrado à educadora Santa Teresa D´Avila, D. Pedro I baixava decreto criando o Ensino Elementar no Brasil; determinava que em todas as ciddes, vilas e lugarejos tivessem escolas de primeiras letras. Anos mais tarde, seu filho, D. Pedro II, quando em visita às províncias, costumava sabatinar os estudantes que vinham recepcioná-lo para avaliar se professores estavam ensinando de forma satisfatória.
Tantos anos de dedicação e, nesse tempo distante, o professor possuia um status de respeito perante a sociedade. No início atividade masculina, depois pouco a pouco a mulher foi assumindo a função de forma pública. Somente em 1947 aconteceu a primeira comemoração, e, nesse ano, a deputada comunista Adalgisa Cavalcanti defendeu na Assembléia de Pernambuco direitos especificos para as professoras do Estado.
Hoje, a educação é louvada, muitas vezes os professores são acusados pela situação precária da Educação no país - comentários que contribuem ainda mais para as desistências - e o jovem professor de hoje, geralmente, é o resultado de todo um processo de desqualificação da profissão, da perda de status que foi se configurando especialmente para aqueles que ensinam o Fundamental. Ensinar a ler e a escrever parece fácil, mas tem sido um desafio importante para quem é Professor(a).
terça-feira, 6 de outubro de 2009
As Olimpíadas de 2016: Também quero ir!
Farei o possível para que em 2016 minha filha possa assistir às Olimpíadas no Rio de Janeiro. Quantos pais estão pensando nisso; nessa possibilidade, que um dia remota tornou-se mais viável. São sete anos de muito trabalho, quando o Brasil terá que investir para que o Rio de Janeiro esteja em condições de abrigar tamanho evento. São sete anos para o Brasil oferecer melhores condições para a prática de esportes no país. São sete anos para que o Brasil apure seu gosto por modalidades esportivas que não se limitem ao futebol.
Só espero que o Rio de Janeiro se lembre que não é o Brasil sozinho, mas faz parte dele; e que aqueles que praticam esportes nesses sertões do Brasil com tanta criatividade, pois lhes faltam recursos, tenham a mesma oportunidade.
Só espero que o Rio de Janeiro se lembre que não é o Brasil sozinho, mas faz parte dele; e que aqueles que praticam esportes nesses sertões do Brasil com tanta criatividade, pois lhes faltam recursos, tenham a mesma oportunidade.
sábado, 5 de setembro de 2009
Independência: A construção de um conceito.
Quando estava lecionando, sempre que chegava a Semana da Pátria, o Sete de Setembro, eu seguia a seguinte estratégia de ensino com os meus alunos do ensino fundamental (crianças de sete a dez anos): antes de introduzi-los no conteúdo histórico buscava construir com eles o conceito de independência. Muitas vezes, os alunos sentem dificuldade em aprender história, geografia, ciências e até matemática porque esbarram na linguagem; não compreendem o sentido da palavra no contexto, é como se o idioma, de repente, fosse outro. "O que é ser independente? O que vocês entendem pela palavra independência?" Com essas provocações obtinha respostas coerentes, curiosas e até poéticas. Ser independente é ser livre, que nem passarinho; é cuidar de si mesmo; é resolver as coisas sozinho; e a preferida entre os menores: "é poder sair sozinho". A partir daí eu perguntava: " E vocês, são independentes?" Alguns ficavam em dúvida, outros tinham certeza que sim, já outros tinham consciência que não. Daí, eu lançava a questão: "o que é preciso para ser independente?" Aqueles que ficaram na dúvida e tinham certeza que sim - geralmente, crianças que assumiam "responsabilidades" muito cedo, foram obrigadas a amadurecer e ter uma autonomia fora do tempo adequado - começavam a perceber que não eram tão livres como pensavam (quem o alimenta, o veste, o abriga, o educa e o protege?); no entanto, nesse momento, eu procurava direcionar a compreensão de que há várias maneiras de se sentir independente; pois independência, especialmente, para as crianças, é uma conquista diária: desde o poder andar solto equilibrado e sem apoio até sair da casa dos pais e montar seu próprio lar, trabalhar e sustentar a si e a família que formar. Contudo, nós sempre chegávamos a conclusão que não há independência completa; as pessoas que vivem em sociedade formam uma rede, que de forma consciente ou inconsciente, remunerada ou não, se ajudam mutuamente. Partindo dessas reflexões construíamos juntos a compreensão do conceito e partíamos para a experiência histórica do Brasil. E daí chegávamos à grande questão: Por que Dom Pedro exclamou "Independência ou Morte!"? O Brasil, realmente, se tornou independente em 1822? E hoje, o Brasil é independente?
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
EDUCAÇÃO
É preciso gritar mais alto!
Nos últimos dias li vários e-mails e reportagens relacionadas à problemática da Educação no Brasil; pensem num assunto que me incomoda por demais!
Não é de hoje que também solto meus desabafos e apreciações na net sobre essa questão, e, infelizmente, não vejo encontro apenas desencontro; mas percebo que as perspectivas a respeito do assunto demonstram mudanças, embora, geralmente, as opiniões busquem culpar alguém pelo fracasso escolar.
Na verdade não existe o culpado; e sim uma irresponsabilidade coletiva, ou melhor, algo como “depois eu vejo isso...” e vai se empurrando com a barriga, porque com a consciência dói.
A educação está na porta da urgência, todo mundo vê, alguns não, uns poucos se aproximam observam o estado e tentam providenciar algo, mas não encontram ninguém que ajude efetivamente, só gente discutindo que vírus a ameaça. E a Educação está lá, sozinha tentando se levantar, a ponto de morrer de vez por omissão de socorro. Mas tem um bando de gente em volta clamando por providências. Se fosse gente, já tava insepulta há muito tempo; mas como é uma instituição imaginária e se alimenta de uma cultura que bem ou mal circula, os estabelecimentos de ensino até podem ser fechados, mas a população continuará a ser “educada” de maneira formal e informal, para o bem e para o mal, atendendo ou não a anseios coletivos; talvez mais individuais do que coletivos.
A escola não está correspondendo às expectativas; os resultados não são satisfatórios; o professor brasileiro agora não sabe ensinar.
Por sua vez, professores e professoras já estão roucos de tanto dizer que não agüentam mais desrespeito, violência, insalubridade, sobrecarga, salários irrisórios, impossibilidade de estudar, de aprender, de ensinar, de trocar experiências com seus pares.
A educação anda tão ruim, que muitos educadores não acreditam mais na missão.
Mas, ser professor não é ser missionário, não é ser sacerdote. Ser professor é oferecer conhecimento, colaborar para o desenvolvimento, orientar pelos possíveis caminhos; é trabalho, que exige muito do físico, do intelecto e do emocional da pessoa.
Contudo, o que ocorre, geralmente, em sala de aula é uma troca impossível. O professor quer oferecer, mas nem todos os alunos querem receber; o professor quer colaborar, mas nem todos querem melhorar; pois estão satisfeitos, ou pensam estar, com o pouco que sabem – porque não vêem imediata utilidade naquele conhecimento para a sua realidade próxima – o professor quer orientar, mas muitos deles não acreditam que haja alternativas na vida. O diálogo é precário ou inexistente, a incompreensão e o conflito se mostram; o respeito pelo professor perdeu a sacralidade, sua figura é posta em dúvida, a autoridade é posta em dúvida, a instituição é posta em dúvida. Só não há dúvida quanto ao direito.
Direito à escola de qualidade. E tantos outros... Só nos falta ambiente propício para trabalhar. É preciso gritar mais alto, quem sabe alguém nos ouça e estenda a mão.
Nos últimos dias li vários e-mails e reportagens relacionadas à problemática da Educação no Brasil; pensem num assunto que me incomoda por demais!
Não é de hoje que também solto meus desabafos e apreciações na net sobre essa questão, e, infelizmente, não vejo encontro apenas desencontro; mas percebo que as perspectivas a respeito do assunto demonstram mudanças, embora, geralmente, as opiniões busquem culpar alguém pelo fracasso escolar.
Na verdade não existe o culpado; e sim uma irresponsabilidade coletiva, ou melhor, algo como “depois eu vejo isso...” e vai se empurrando com a barriga, porque com a consciência dói.
A educação está na porta da urgência, todo mundo vê, alguns não, uns poucos se aproximam observam o estado e tentam providenciar algo, mas não encontram ninguém que ajude efetivamente, só gente discutindo que vírus a ameaça. E a Educação está lá, sozinha tentando se levantar, a ponto de morrer de vez por omissão de socorro. Mas tem um bando de gente em volta clamando por providências. Se fosse gente, já tava insepulta há muito tempo; mas como é uma instituição imaginária e se alimenta de uma cultura que bem ou mal circula, os estabelecimentos de ensino até podem ser fechados, mas a população continuará a ser “educada” de maneira formal e informal, para o bem e para o mal, atendendo ou não a anseios coletivos; talvez mais individuais do que coletivos.
A escola não está correspondendo às expectativas; os resultados não são satisfatórios; o professor brasileiro agora não sabe ensinar.
Por sua vez, professores e professoras já estão roucos de tanto dizer que não agüentam mais desrespeito, violência, insalubridade, sobrecarga, salários irrisórios, impossibilidade de estudar, de aprender, de ensinar, de trocar experiências com seus pares.
A educação anda tão ruim, que muitos educadores não acreditam mais na missão.
Mas, ser professor não é ser missionário, não é ser sacerdote. Ser professor é oferecer conhecimento, colaborar para o desenvolvimento, orientar pelos possíveis caminhos; é trabalho, que exige muito do físico, do intelecto e do emocional da pessoa.
Contudo, o que ocorre, geralmente, em sala de aula é uma troca impossível. O professor quer oferecer, mas nem todos os alunos querem receber; o professor quer colaborar, mas nem todos querem melhorar; pois estão satisfeitos, ou pensam estar, com o pouco que sabem – porque não vêem imediata utilidade naquele conhecimento para a sua realidade próxima – o professor quer orientar, mas muitos deles não acreditam que haja alternativas na vida. O diálogo é precário ou inexistente, a incompreensão e o conflito se mostram; o respeito pelo professor perdeu a sacralidade, sua figura é posta em dúvida, a autoridade é posta em dúvida, a instituição é posta em dúvida. Só não há dúvida quanto ao direito.
Direito à escola de qualidade. E tantos outros... Só nos falta ambiente propício para trabalhar. É preciso gritar mais alto, quem sabe alguém nos ouça e estenda a mão.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Amizade é...
“Quando você não faz questão de você e se empresta pros outros”, diz Adriana Falcão no seu livro Mania de Explicação (SP: Salamandra, 2007). Gosto muito dessa definição. Vivemos tempos acelerados; é difícil encontrar amigos com tempo disponível para o outro, pelo menos por uns instantes.
A etimologia da palavra AMIGO no Houaiss a relaciona a “confidente, favorito, protetor, aliado”; estabelece ainda o dicionário: Amigo é aquele que ama, que demonstra afeto, amizade. Amizade é sentimento de grande afeição e simpatia (por alguém não necessariamente unido por parentesco ou relacionamento sexual); e a etimologia da palavra está também relacionada a pacto, aliança. Deve haver reciprocidade de afeto, portanto os amigos se cuidam e se protegem. Para haver essa reciprocidade deve haver confiança. Confiança, esta é cada vez mais difícil de se estabelecer, de se sedimentar hoje em dia. “Amizade é um amor que nunca morre”, diz Mario Quintana, assim, é sempre possível renascer. As amizades contemporâneas, geralmente, se limitam a ser efêmeras experiências; mas, ainda há esperança, podem ser retomadas e quiçá fortalecidas; no entanto, percebe-se uma sazonalidade.
Nosso tempo é de leis e decretos; da confiança no papel, no documento, nas instituições, que por serem gerenciadas por seres humanos suscitam desconfiança. Amizade chega a ser um risco; se proteger, fazer pactos e alianças sem ferir as regras da Amizade coletiva, institucionalizada da sociedade não é uma tarefa muito fácil; e comumente entende-se como favorecimento ilícito.
“Amigos, amigos; negócios, à parte”; é a máxima de quem não deseja confundir relações de afeto com transações materiais; difícil separar; mas, tem gente que consegue e tem gente que compreende e respeita; contudo, é normal se pensar e até verbalizar: “Poxa, ele/ ela poderia ter feito, Não custava nada... É ser Caxias demais...” Mas, amigo não constrange amigo.
Não faça ao outro o que não gostaria que fizesse com você; ou melhor, faça ao outro o que gostaria que fizessem por você; ou melhor, “Ame o seu próximo como a si mesmo”, mas é preciso se amar, é preciso gostar e cuidar de si mesmo; mas também, é saudável de vez em quando esquecer um pouco de si mesmo, e se dedicar, dar atenção ao outro.
Amizade por si, amizade pelo outro, eis a máxima. Como uma rede, uma corrente, viveremos, enfim, em sociedade; uma sociedade de Amizade.
“Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito...” – E Milton Nascimento tem razão.
Dia 20 de julho, dia do Amigo.
Um bom dia pra você, meu amigo e minha amiga!
A etimologia da palavra AMIGO no Houaiss a relaciona a “confidente, favorito, protetor, aliado”; estabelece ainda o dicionário: Amigo é aquele que ama, que demonstra afeto, amizade. Amizade é sentimento de grande afeição e simpatia (por alguém não necessariamente unido por parentesco ou relacionamento sexual); e a etimologia da palavra está também relacionada a pacto, aliança. Deve haver reciprocidade de afeto, portanto os amigos se cuidam e se protegem. Para haver essa reciprocidade deve haver confiança. Confiança, esta é cada vez mais difícil de se estabelecer, de se sedimentar hoje em dia. “Amizade é um amor que nunca morre”, diz Mario Quintana, assim, é sempre possível renascer. As amizades contemporâneas, geralmente, se limitam a ser efêmeras experiências; mas, ainda há esperança, podem ser retomadas e quiçá fortalecidas; no entanto, percebe-se uma sazonalidade.
Nosso tempo é de leis e decretos; da confiança no papel, no documento, nas instituições, que por serem gerenciadas por seres humanos suscitam desconfiança. Amizade chega a ser um risco; se proteger, fazer pactos e alianças sem ferir as regras da Amizade coletiva, institucionalizada da sociedade não é uma tarefa muito fácil; e comumente entende-se como favorecimento ilícito.
“Amigos, amigos; negócios, à parte”; é a máxima de quem não deseja confundir relações de afeto com transações materiais; difícil separar; mas, tem gente que consegue e tem gente que compreende e respeita; contudo, é normal se pensar e até verbalizar: “Poxa, ele/ ela poderia ter feito, Não custava nada... É ser Caxias demais...” Mas, amigo não constrange amigo.
Não faça ao outro o que não gostaria que fizesse com você; ou melhor, faça ao outro o que gostaria que fizessem por você; ou melhor, “Ame o seu próximo como a si mesmo”, mas é preciso se amar, é preciso gostar e cuidar de si mesmo; mas também, é saudável de vez em quando esquecer um pouco de si mesmo, e se dedicar, dar atenção ao outro.
Amizade por si, amizade pelo outro, eis a máxima. Como uma rede, uma corrente, viveremos, enfim, em sociedade; uma sociedade de Amizade.
“Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito...” – E Milton Nascimento tem razão.
Dia 20 de julho, dia do Amigo.
Um bom dia pra você, meu amigo e minha amiga!
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Michael Jackson
Conheci a voz de Michael Jackson quando este ainda era uma criança e cantava com a família no grupo Jackson 5. Christmas era o nome do compacto em vinil, distribuído pela Tapecar, com capa representando embalagem de presente e com as fotos de Michael, Jackie, Jermaine, Marlon e Tito; o disco tem quatro músicas de Natal: “I saw mommy kissing Santa Claus”, “Rudolph the red-nosed reindeer”, “Someday at Christmas” e “Santa Claus is comin’to town”. Não há data impressa, sei apenas que tinha uns sete anos quando ouvia esse disco, ou seja, por volta de 1975; outro também distribuído pela Tapecar, mas com data de 1973, vinha apenas com o nome Michael Jackson impresso no disco com os sucessos “Music and Me” na face A, e “Happy” na face B. Não sei se meu pai comprou esses discos ou se ganhei de alguém, não lembro; mas sei que gostava muito de ouvi-los e sinto que meu toca-discos de vinil esteja quebrado e não possa ouvi-los novamente agora. Mas, guardo os discos com o maior ciúme; um dia poderei ouvi-los novamente.
Passei a infância e a juventude acompanhando e admirando as canções e as performances de Michael Jackson, mas tenho apenas esses dois compactos em vinil; sua exposição era tanta no rádio e na televisão que nunca me preocupei em comprar seus discos, e mesmo pelo custo que demandava em adquiri-los. Agora que a estrela partiu sinto falta e desejo em ter um dvd; não basta o som, a imagem acompanha e diferencia. É meio chato isso; depois que a pessoa falece pensamos melhor sobre ela; e pior: lembramos que realmente gostávamos dela.
Sempre admirei o som e a dança de Michael Jackson, mas nos últimos tempos as notícias em torno de suas excentricidades, escândalos e aparência obscureceram o seu talento. A imprensa diz que nos últimos anos ele não conseguiu o sucesso de antes em seus discos; mas, o quanto a própria imprensa e o próprio astro são responsáveis por isso?!
Observando seus clipes vejo o quanto ele nos presenteou com criatividade e beleza; serviu de inspiração para tanta gente; alegrou tantas festas e emocionou com tantas interpretações. Michael Jackson foi luz, mas teve seus momentos de sombra; era humano, e Deus sabe o quanto o que viveu repercutiu bem ou mal em seu ser.
Olhando o clipe que fez com o Olodum na Bahia fico imaginando se ele tivesse vindo antes; antes da pele embranquecer; talvez seu sentimento por si mesmo fosse outro num ambiente menos carregado de strass, e mais terra, mais cor, mais sol. Não sei; são suposições... Morreu muito cedo, jovem. Dizem que ficou obcecado pela juventude nos anos noventa, poderiam ter dito a ele que negro demora a aparentar velhice; e com a música e a dança ele permaneceria jovem, sempre jovem no coração de todos. Tanta coisa poderia ter sido dita e feita por ele, para ele; mas espero em Deus que esteja em Paz agora, cantando e dançando com um coro de anjos a sua volta... Billie Jean...
Passei a infância e a juventude acompanhando e admirando as canções e as performances de Michael Jackson, mas tenho apenas esses dois compactos em vinil; sua exposição era tanta no rádio e na televisão que nunca me preocupei em comprar seus discos, e mesmo pelo custo que demandava em adquiri-los. Agora que a estrela partiu sinto falta e desejo em ter um dvd; não basta o som, a imagem acompanha e diferencia. É meio chato isso; depois que a pessoa falece pensamos melhor sobre ela; e pior: lembramos que realmente gostávamos dela.
Sempre admirei o som e a dança de Michael Jackson, mas nos últimos tempos as notícias em torno de suas excentricidades, escândalos e aparência obscureceram o seu talento. A imprensa diz que nos últimos anos ele não conseguiu o sucesso de antes em seus discos; mas, o quanto a própria imprensa e o próprio astro são responsáveis por isso?!
Observando seus clipes vejo o quanto ele nos presenteou com criatividade e beleza; serviu de inspiração para tanta gente; alegrou tantas festas e emocionou com tantas interpretações. Michael Jackson foi luz, mas teve seus momentos de sombra; era humano, e Deus sabe o quanto o que viveu repercutiu bem ou mal em seu ser.
Olhando o clipe que fez com o Olodum na Bahia fico imaginando se ele tivesse vindo antes; antes da pele embranquecer; talvez seu sentimento por si mesmo fosse outro num ambiente menos carregado de strass, e mais terra, mais cor, mais sol. Não sei; são suposições... Morreu muito cedo, jovem. Dizem que ficou obcecado pela juventude nos anos noventa, poderiam ter dito a ele que negro demora a aparentar velhice; e com a música e a dança ele permaneceria jovem, sempre jovem no coração de todos. Tanta coisa poderia ter sido dita e feita por ele, para ele; mas espero em Deus que esteja em Paz agora, cantando e dançando com um coro de anjos a sua volta... Billie Jean...
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