O ser humano é um ser social;
sobrevivemos bem ou mal enquanto grupo ou grupos. É possível viver sozinho? Sim,
é; mas, demanda muita renúncia e fortaleza de espírito, mesmo assim, é algo a
se decidir com maturidade.
Viver em comunidade também não é
algo fácil, especialmente quando os indivíduos vêm de origens diversas, de
formações socioeducativas diversas. O desafio é conciliar os interesses, é ser
indulgente com as limitações alheias, é respeitar as diferenças. Não há como agradar
totalmente a todos, e cada um deve saber que sua vontade nem sempre é a de
todos. Assim como há aqueles que querem impor de toda maneira a sua opinião, a
sua ideia, o seu jeito de fazer, existem aqueles indiferentes ou que preferem
delegar a outros as decisões, os da turma “pra mim tanto faz”, “o que você
fizer tá bom” [o problema é que, por vezes, estes mesmos depois reclamam do que
foi resolvido]; e há aqueles que procuram conciliar, ouvir, ajustar as
expectativas de todos; e também há a turma “do sem tempo” [eu me incluo muitas
vezes nesse grupo], que até pode colaborar mais os afazeres diários, ou mesmo a
indisponibilidade pessoal não permitem uma atenção maior; nesse grupo, também,
podemos incluir aqueles que não têm paciência em dialogar e temem entrar em
conflito ou assumir responsabilidades e daí lançam a desculpa da falta de
tempo.
Viver em comunidade exige do
indivíduo várias competências, a principal delas é o respeitar. Respeitar:
·
O sono alheio, a tranquilidade do
vizinho [por exemplo, orientar as crianças para evitar excesso de barulho,
especialmente à noite; não aumentar demais o volume do som];
·
Os objetos – carros, bicicletas,
brinquedos, etc. - e utensílios de uso comum e alheio – portões, portarias,
controles remotos, lixeiras, etc.;
·
O direito do outro de utilizar o espaço
de lazer, o uso da sua garagem [respeitar o direito de uso da garagem de
visitante]; de ter acessibilidade;
·
O ambiente; conservando-o limpo colocando
o lixo no lixo [isso inclui responsabilizar-se pelo recolhimento das fezes que
seus animais, por ventura, depositem no ambiente interno da comunidade], sem
entulhos, e zelando pelo bem estar da vegetação dos jardins, porque essas
também são “moradoras”, são seres vivos que merecem ser respeitados;
·
A decisão da maioria em assembleia;
·
O trabalho daqueles que cuidam da
comunidade [em caso de insatisfação, expresse sua opinião educadamente; ofereça
alternativas].
Numa
comunidade é importante que todos atentem para o fato que não estão sozinhos,
de que todos são corresponsáveis pelo bem viver, pela boa convivência, e
especialmente, pela segurança de todos; daí a necessidade de manter os portões
e portarias fechadas.
Mas,
o mais importante: Viver em comunidade exige a máxima: “Trate o seu próximo [o
seu vizinho] como gostaria de ser tratado”. Aja com boa vontade. Mas, se mesmo assim, o atrito acontecer, que o
Bem e o Bom Senso prevaleçam.
Paz
e Bem a todos!
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